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Recurso negado e nota de repúdio marcam polêmica sobre uniformes no Campeonato Rural em Dom Basílio.
O centro da controvérsia envolve o Clube Recreativo Alto do Rosário, que apresentou recurso solicitando a anulação do resultado de uma partida entre as equipes de Caiçara da Barra e Papagaio, realizada no dia 27 de julho de 2025.
Por Redação - DRT/BA 7197
Publicado em 21/11/2025 12:32
ESPORTE
Foto: Reprodução / Rádio 105 FM

Um episódio envolvendo decisões disciplinares no Campeonato Rural de Dom Basílio, edição 2025, tem gerado repercussão entre equipes, torcedores e organizadores do torneio. O centro da controvérsia envolve o Clube Recreativo Alto do Rosário, que apresentou recurso solicitando a anulação do resultado de uma partida entre as equipes de Caiçara da Barra e Papagaio, realizada no dia 27 de julho de 2025.

Contexto e recurso apresentado

O recurso foi protocolado pelo representante do C.R. Alto do Rosário, Sr. Édio S. Caires, sob a alegação de que a equipe visitante (Papagaio) teria descumprido o regulamento do campeonato ao não apresentar dois uniformes de cores diferentes — exigência prevista no Parágrafo 8º do regulamento, que determina que "a equipe visitante terá a obrigatoriedade de apresentar dois uniformes de cores diferentes em condições de uso de jogo". De acordo com o Alto do Rosário, Papagaio atuou com o uniforme virado do avesso, prática que, na visão do clube, configura infração.

No relatório apresentado pela Comissão Organizadora, a irregularidade foi reconhecida, mas considerada sem impacto direto no andamento da partida. O árbitro da partida registrou em súmula que houve acordo entre as equipes e que a situação não prejudicou o jogo. Assim, a Comissão decidiu por negar provimento ao recurso, alegando ausência de motivo suficientemente relevante para alteração do resultado da partida, conforme o Artigo 259 §1º do Código Brasileiro de Justiça Desportiva.

Antecedente envolvendo o Alto do Rosário

A polêmica atual tem origem em um episódio anterior do próprio jogo. No início da competição, o C.R. Alto do Rosário foi penalizado com a perda de pontos por iniciar uma partida com dois jogadores a mais no banco de reservas. Segundo relato de uma testemunha que acompanhou o torneio, a infração não ocorreu dentro de campo, mas foi suficiente para gerar punição.

Nota de repúdio e pedido de justiça

Em resposta à negativa do recurso, o C.R. Alto do Rosário divulgou uma nota pública de repúdio, expressando descontentamento com o que consideram um tratamento desigual por parte da organização. O documento questiona a falta de punição ao time de Papagaio e aponta para uma possível ausência de critérios objetivos e imparcialidade nas decisões da Liga Dombasilense. A nota destaca que “as regras só valem para alguns” e cobra transparência, justiça e responsabilidade da organização.

Imparcialidade e critérios regulatórios

O caso tem levantado discussões sobre a interpretação e aplicação uniforme do regulamento entre todas as equipes participantes. A Liga argumenta que a infração cometida por Papagaio — uso do uniforme pelo avesso — não prejudicou o jogo e foi solucionada de forma consensual. Já o Alto do Rosário sustenta que, mesmo sem impacto direto, a infração existiu e deve, como a sua própria penalização, ser tratada conforme o regulamento.

Encaminhamentos futuros

Até o momento, o resultado da partida entre Caiçara da Barra e Papagaio permanece válido, conforme a decisão da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer e da Coordenação de Esportes de Dom Basílio. A repercussão do caso, no entanto, deve continuar fomentando debates sobre equidade na aplicação das regras e o papel da arbitragem e da comissão disciplinar nos campeonatos amadores da região.

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